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Integração - O Refrão da Dança

  • Foto do escritor: Mar
    Mar
  • 26 de ago.
  • 10 min de leitura

Atualizado: há 6 dias


Tive a certeza que a vida me empurrava para começar um novo capítulo quando as minhas contradições se tornaram tão aparentes que não conseguia mais aproveitar a dança com os dragões. Mas antes de pular diretamente para um novo capítulo em minha vida, havia coisas para deixar para trás e era, então, a primeira vez em que eu conscientemente virava a página.


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Tive a certeza que a vida me empurrava para começar um novo capítulo quando as minhas contradições se tornaram tão aparentes que não conseguia mais aproveitar a dança com os dragões. Mas antes de pular diretamente para um novo capítulo em minha vida, havia coisas para deixar para trás e era, então, a primeira vez em que eu conscientemente virava a página.

DIA 1

O capítulo anterior foi um dos mais interessantes para mim e acredito que tenha sido o que eu mais aprendi, seja em relação a me colocar mais nas situações assim como sair delas. Aumentei minha percepção em coisas que não seguem uma lógica formal e melhorei minhas ideias políticas e o que considero uma sociedade ideal, além de um milhão de outras coisas nas quais citarei algumas adiante.

Mas me questiono, será que não é cedo para finalizar um capítulo? Os outros duraram meses, anos, ou será que os capítulos duram exatamente o quanto tem que durar até eu aprender tudo que eles têm para me ensinar.

O Caminho para o Próximo Capítulo

Tornar-se profundamente consciente dos capítulos da minha vida me possibilitou desenvolver uma precisão maior na captação de sinais que possibilitem perceber que a hora certa chegou e portanto escolher melhor como um capítulo acaba. Assim, antes de virar a página e passar para o próximo, quero fazer uma finalização do capítulo anterior e vou narrando meu processo aqui, em primeira mão.

Desde o capítulo anterior eu já sentia o nome do próximo capítulo simplesmente por uma questão lógica de narrativa. Depois de um mergulho profundo em tudo aquilo que me incomodava e a dor que tudo aquilo me causava, resgatei meu coração do fundo do mar e cheguei em terra firme. Grande foi minha alegria e êxtase ao me ver com mais maturidade e sem a pressão hidrostática me sufocando, tive muitas oportunidades de, por trazer das sombras minhas questões à luz e Terra, tive contato com elas de forma positiva, pois já não sou quem antes era, fui o que fui e era feliz, mas a verdadeira felicidade está na INTEGRAÇÃO, desses pontos, logo após Aterrar. O capítulo anterior teve seus próprios símbolos. E como já dito em trecho anterior, serviu para trazer à superfície, todas as coisas que eu escondia de mim mesma e dos outros em muitos sentidos possíveis e após todas essas coisas estarem boiando na superfície e eu trazendo-as para a terra, agora vejo-as em minha frente e observo a necessidade de um movimento de integração de todos esses elementos para que eu possa então criar uma integração de fato de todas as coisas que pude fazer. É por isso que eu já sabia que em algum momento próximo teria que lidar com todas essas coisas de fato e já previa a mudança de capítulo, mas não imaginei que seria tão depressa, confesso. Antes de mudar totalmente de capítulo, há algumas coisas transicionais a serem realizadas, como uma espécie de despedida ritualística de quem sou agora, para quem serei logo em seguida. Então, quais são os procedimentos então para eu mudar de capítulo? Vamos ver a seguir.

O QUE AINDA PRECISO FAZER PARA FECHAR O CAPÍTULO?

A primeira coisa que pensei foi que preciso assistir a História Sem Fim, tudo começou com o livro e eu preciso assistir o filme, preciso ver Atreiú e Fulchor no filme, ouvir suas vozes e deixar com que a música me guie também. Logo depois me veio a necessidade de fazer um novo quadro visual para que representasse a integração. E também acredito que tenho que ler novamente o post sobre o capítulo dos Dragões. Já tenho algumas ideias do que provavelmente esse capítulo terá; a primeira coisa é a integração acerca dos meus pais, no capítulo anterior tive muitas reflexões desromantizadoras e que decerto pareceram até um pouco vilanizadoras dos meus genitores que não condizem de fato com a totalidade dos fatos de quem eles são, por isso nesse próximo capítulo sei que terei que reintegrar todas essas contradições entre aquilo que eu gostaria de ser e que eles fossem, com aquilo que sou e que gostaria que eles fossem além da integração da minha própria vida num geral. Aos poucos acredito que mais coisas vão se mostrando dignas de integração, e um bom ponto de partida é o post sobre a contradição. No final desse post vou listar todos os posts anteriores que ja mencionei, por falar em estilo de escrita, esse post vai seguir o estilo de relato do post sobre Papel de Carta, porque não será escrito como uma resolução filosófica, mas como um relato pessoal ao longo dos dias.

Então a lista de tarefas para essa finalização por enquanto é.

  • Assistir a História Sem Fim

  • Reler o post sobre o capítulo dos dragões

Integração.

Por fim a ultima coisa que quero falar hoje é:

A DANÇA CONTINUA

Será que mudar de capítulo significa deixar todos os elementos que me guiaram no capítulo anterior para trás? Claro que não! Tanto é que ao fazer essa transição "capitular", não significa que deixo os dragões para trás ou todos os simbolos de maneira alguma. Obviamente algumas coisas vão mudando, mas tenho certeza que de alguma forma essas ainda me influenciarão no capítulo seguinte, bem como a música. Sinto que o capítulo Integração, está muito relacionado com o capítulo Aterrar, como se eles fizessem parte da mesma música e agora estivéssemos no refrão dela. (bom, obviamente fazem parte da mesma história, então obviamente isso é positivo para essa relação.)

Também pensei que para esse próximo capítulo de integração, terei algo relacionado com plantas e jardinagem, vou salvar você Simon III! Não terá um quarto, prometo! Além da minha rosa do deserto, de um girassol, das minhas suculentas (que brotaram!!!! Em um vaso que é um pote de sorvete) e outras coisas também como uma pimentinha, talvez cebolinha e com certeza! uma margarida.

Também tive uma ideia para meu projeto das linguas, deveria ser possível ter uma pontuação no meio da frase como um sinal de enfase justamente ali. Ok por hoje é só.

volto no dia 2 (que não é amanhã).


DIA 2

Ontem assisti A História Sem Fim. O filme em si é muito interessante no que diz respeito a história de Atreiú, mas fallha em aspectos importantíssimos para uma história completa. Alerta de Spoilers! Vá para o ponto verde se não quiser ler sobre o filme. OK.

O filme é um bom filme se você não conhece a história, mas ainda que não conheça a história, não é possível considerar esse filme uma maravilha. A história de Atreiú é muito bem explorada, (apesar de pularem algumas partes cruciais para engajamento e criação de empatia). Tem uma parte do filme que eles simplesmente pularam, que explicaria melhor a relação de seu cavalo com o menino, mas a morte do cavalo não foi nem perto tão emocionante quanto a do livro. Mas mesmo assim, acredito que assistir o filme me fez bem porque me mostrou que eu ainda sou crítica e consigo ver as coisas como elas são e poderiam ser. O filme tem alguns diálogos que não fazem sentido e a parte que me deixou mais brava foi a parte do final, quando o menino finalmente vai para o outro mundo, a história acaba. E acaba porque não tinham tempo provavelmente para explorar uma história quase sem fim, mas se eles tivessem deixado incompleto seria melhor do que outras coisas. No filme o personagem que le a história é humilhado pelos colegas de classe e no final do filme, ele se vinga das crianças com um dragão. No livro o foco à esses meninos é irrisório, já que eles são meio irrelevantes para o desenvolvimento do menino. Outra coisa que me incomodou foi que não teve nada de desenvolvimento na relação com o pai. No livro, assim como no filme, o pai é meio distante no começo e no final eles se reconciliam, mas no filme eles preferiram colocar uma vingança inventada do que uma reconciliação paterna. Fracos e preguiçosos. Também vou reclamar da escolha do ator, no filme o menino é magro e um menino genérico de hollywood que poderia estar em qualquer filme, já no livro conta a historia de um menino mais gordinho, e esse é o motivo pelo qual ele sofria. É interessante, como esse filme me mostra, ao mesmo tempo a minha amargura e a minha maturidade ao assistir, mas na verdade é mais uma frustração genuina do potencial perdido desse filme. Eles perderam uns 10 minutos com uma tartaruga que espirra e deixaram de explorar pontos muito importantes. Não vou ficar aqui buscando significados, acho que o que posso levar disso tudo como um impacto pessoal é que a mesma ideia de história, a mesma base explorada de maneiras completamentes diferentes, com valores completamente diferentes. E surpreendendo um total de zero pessoas. O livro é muito melhor que o filme.

Também anotei algumas coisas que preciso escrever e que tem a ver diretamente com o capítulo

  • me Destrui por nada.

  • Revisões semanais - Blog



AQUI

DIA 3 - A lágrima da louça não lavada

Alguns dias antes do fatídico dia de não lavar a louça e das lágrimas, li uma frase que me marcou muito de Dostoiévski, ou era outro?

perdoe a qualidade kkkkkkk
perdoe a qualidade kkkkkkk

Era Dostoiévski mesmo. Sinceramente, essa frase me deixou pensativa por dias e toda uma onda de arrependimento sobre todas as vezes que me autossabotei e no fim me pergunto: Para quê? (link do post no final do texto). Para quê tanto esforço. É como aquela frase: nadei nadei nadei e morri na praia. Do que me adianta correr, correr, correr se no fim não chegar em nenhum lugar? E todos as flores que perdi no meio do caminho?

Foi pensando nisso que passei a minha semana, quase chorei, algumas vezes, por pensar que tudo o que eu fizesse não teria sentido nenhum (descobri que tem sentido, e não só isso, tem sentido, significado e propósito, só não tem linha de chegada).

Tá, mas como isso se relaciona com a Integração? Totalmente! Vamos lá!

Inicialmente eu não tinha interpretado isso como parte da transição da minha história, porém, enfrentei a minha primeira oportunidade de integração que basicamente marcou o momento em que o capítulo de fato começou.

O dia em que meus pais me visitaram. Ou melhor: A NOITE ANTERIOR!

Tive um grande desespero ao receber a visita dos meus pais, que não pude nem aproveitar a espera deles. Isso porque continuei a limpar sem parar, sem parar, sem parar, simplesmente porque não pude parar. Meu surto foi tão grande que nem dormi. Não é que eu estava gritando, era um surto interno, que comia meus pensamentos e sufocava minha respiração. Até que em um momento, depois de ter tentado todas as técnicas de aceleração, e quando já passava das 10 da manhã (eles iam chegar por volta de meio-dia), a cozinha ainda estava terrivelmente suja e eu simplesmente não conseguia mais, mas também não conseguia parar. Estava lavando a louça quando de repente passei a faca no meu polegar. Acho que ali algo em mim mudou, o sangue com a água escorrendo pelas minhas mãos, não havia nada além de mim, a faca e o sangue. Então por um momento, algo em mim estatelou, caiu no chão e quebrou com uma pergunta, simples: isso vale mesmo a pena?

Então deitei na cama e chorei. Não chorei porque não tinha conseguido, não chorei porque a cozinha ainda estava suja, não chorei porque imaginei que minha mãe não ia gostar da minha limpeza. Na verdade, não chorei por nada disso. Chorei porque senti que nada disso valia meu sangue, suor e lágrimas e principalmente a culpa. Chorei porque precisava chorar.

No fim deu tudo certo, agradeço quem esteve comigo nos meus momentos de lágrimas, e também agradeço meus pais por terem limpado a cozinha pra mim sem nenhuma objeção, e ainda me abraçarem, e me amarem, por quem eu sou. Bagunceira ou não.

E como isso se relaciona com a frase de Dostoievski? É óbvio! Eu estava me destruindo a toa, por algo que nem fazia sentido, me perdi em mim mesma tentando me justificar e justificar meu comportamento destrutivo simplesmente corroendo meu coração por uma expectativa que nem mesmo era real. E no fim, me destruí por nada. Mas no recomeço, me reconstruí. E é justamente isso que tem a ver o meu capítulo de integração. É a reconstrução integrativa dos meus valores, equilibrando meus extremos, superando e incorporando as minhas arestas.


ALGUNS DIAS POSTERIORES AO DIA 3 - COMEÇO DO CAPÍTULO DE FATO

A intensificação da integração, com um milhão de coisas para que eu lidasse.

Arquétipo e Símbolos? Geralmente durante todos os capítulos, havia um conjunto de símbolos que de certa forma me guiavam,

VisualBoard - Sinto que preciso fazer mais um quadro visual, então vou colocar vários símbolos ali que me permitam observar e me lembrar de quem sou.


MUITOS DIAS DEPOIS DO DIA 3 - O FIM DA TRANSIÇÃO.

Essa vai ser a última parte desse relato, porque agora tudo começou. Deixe-me contar uma historinha antes disso. Muito tempo atrás (porque faz pelo menos um mês que não escrevo aqui), tive uma ideia de começar a observar um novo arquétipo, mas ainda não sabia qual e também não tinha ideia do que eu teria que fazer. Senti sobre cavalos, senti sobre outras coisas também, mas chegou o dia em que eu soube qual seria.

Tudo começou com uma aranha gigante que entrou na minha cozinha. Matei ela. E depois outra! enquanto eu tomava banho. Pensei, será que tem algo a ver com algum arquétipo novo? Eu poderia explicar isso de forma muito básica, uns dias antes choveu e os trabalhadores estavam cortando a grama na mata frente a minha casa. E então elas saíram e entraram na minha casa buscando abrigo. Essa é a explicação "Positivista" do que aconteceu. O fato concreto. Mas não é novidade para ninguém que me conheça que eu gosto de ver o invisível, já que como Antoine Saint Exúpery diz: O essencial é invisível aos olhos. E é mesmo! Porque estamos falando de impacto. E bom, pesquisei: e encontrei! O arquétipo da aranha é muito legal e interessante e faz todo sentido com a conexão divina e material que estou buscando. Enfim, era o que faltava para eu colocar a mão na massa na integração.

Aliás, mais do que isso! Até porque já comecei meu processo de integração: todos os dias, respondendo uma pergunta por dia de autoconhecimento para explorar melhor quem eu sou e o que quero me tornar.


Última coisa: estou pensando em fazer uma revisão semanal no blog, para que eu possa falar um pouquinho sobre como foi minha semana, como estou evoluindo, o que quero levar para minha vida, novas reflexões etc.






















links para Posts citados no texto

 
 
 

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