Mapa - Poema
- Mar
- 27 de mar.
- 1 min de leitura
Atualizado: 16 de abr.

MAPA
Escrevi todo o caminho
Mostrei as fechaduras
Dei-te uma chave em tuas próprias mãos
Mas recusei-me a abrir a porta
Porque aí seria demais
Mas tu
Que então se acostumou
A me ter te explicando
Dando-lhe direções
Sendo um guia para seus próprios erros
Não abriu, claro
E depois culpou-me por não fazê-lo
Por não dizer antes, por não fazer mais
MAIS?
E escrevo a mesma história com personagens diferentes
Porque ainda não consegui mudar a maldita fechadura
Trocarei de porta
Maldito subentendido
Entrarei por outra entrada
portas, portões
reais e concretas
de madeira ou ferro?
Mas continuarei presa
Até que consiga atravessar janelas
Minhas janelas são grades!
Há portas? Portões?
Não quis abrir a porta
Só uma portinhola
Mas o que eu faço aqui dentro?
Tenho problemas com chaves, mas agora
Me encontrei
No alçapão de coisas que ignorei
Não há nada para me fazer entender
Só entende
Quem me vê



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