As Mazelas de uma boa memória - Parte II
- Mar
- 14 de jan.
- 2 min de leitura
Novamente estou de volta (kkkk) para falar sobre outras mazelas que ter uma boa memória pode ter. Sugiro que leia a parte um para entender o que eu quero dizer com isso.

Primeiramente, uma pequena retomada dos problemas, apenas para relembrar seus títulos:
Problema Número 1 - A frustração em ter que se repetir.
Problema Número 2 - A sensação de estranheza ao se lembrar do que os outros me falaram.
Problema Número 3 - Dificuldade em perdoar.
Problema Número 4 - "Eu já vi isso"
Problema Número 5 - "Frescura"
Novos Problemas?
Problema número 6 - Sobra de Confiança
Obviamente minha memória não é perfeita, apesar de ser boa, então as vezes erro por achar que lembro mas na verdade não lembro, como uma ginasta que por ter facilidade com os movimentos acredita que não precisa treinar ou sabe todas as manobras.
Problema número 7 - "Eu não sou louca"
Poucas pessoas acreditam que eu lembro com detalhes de certas coisas e isso é muito ruim porque teimam comigo que eu estou errada e então tenho a necessidade de provar que eu não estou louca e que sei como foi que algo aconteceu. E essa necessidade é interessante porque me faz pensar em "por que eu quero estar certa?" e também na satisfação que eu sinto em estar certa.
Problema número 8 - Todo mundo tem a memória ruim
Acabo subestimando a memória dos outros por acharem que não lembram de nada, o que se relaciona com o problema número 1 e a frustração de se repetir vira uma vergonha ao ficar se repetindo para alguém que lembra, já que geralmente ninguém lembra. Então eu estou acostumada a me repetir de certa forma e tenho dificuldade de discernir se devo ou não.
Memória e Emoção
Outra coisa é que no primeiro post sobre a memória, pensei em como isso se desenvolveu e etc, e disse que a maior parte dessa memória vinha de ansiedade. Mas a resposta não é tão simples assim na verdade. Isso porque eu também esqueço MUITO. E o que eu esqueço?
Esqueço chaves, dinheiro, cadernos, blusas, escovas de dente, datas comemorativas, aniversários.
Em contrapartida esqueço pouco o que as pessoas me falam, o que eu li, o que eu escrevi (na verdade até me lembro da página que escrevi e como)
De alguma forma, me ponho a refletir: O que é uma memória boa enfim? Para quem? A que serve a minha memória?

Então ao afirmar que eu tenho uma memória boa, tenho que definir o que é boa memória e também o que é memória ruim. E ao afirmar que existe um tipo de memória que é boa/ruim, tenho que pensar no porque é considerado bom ou ruim em relação à quê?
Talvez minha memória não precise de adjetivação e sim descrição, isso é, perceber como ela funciona e como eu me relaciono com ela, sem definir se ela é boa ou ruim, porque ser bom ou ruim vai muito além do que um simples lembrar.
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