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Eu e o Espelho II - Integração

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    Mar
  • há 2 dias
  • 12 min de leitura

Voltei, dessa vez com uma temática mais pessoal, buscando de fato uma integração.

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Recentemente tive uma infecção de urina/rins, e tinha que tomar água o tempo todo (ainda tenho, na verdade). Depois que a infecção passou, ou estava quase passando, decidi comprar uma balança de bioimpedância, para que eu pudesse monitorar meus níveis de hidratação. Na verdade eu refleti por um tempo antes de comprar, porque eu sabia que de alguma forma, ainda poderia ser uma questão para mim, mas pensei que eu já tinha superado todas essas coisas e uma balança, ou saber meu peso, não iria me afetar de nenhuma forma.

Mas me afetou.

Na verdade todos esses dias, durante pelo menos dois meses, estive pensando sobre EU e o espelho, outra vez, mas somente hoje que tive a coragem de olhar para isso. Talvez seja porque o semestre esteja acabando, ou porque tive elaboração o suficiente para pensar e refletir sobre esse assunto tanto quanto capacidade de falar sobre ele agora. Também fiquei pensando se eu deveria postar isso ou não, ou só lidar comigo mesma, mas acredito que trazer um "outro" para a situação, impacta ainda mais minha própria percepção da reflexão. Ainda que muitas vezes eu fale com as paredes, ou com o vento, ainda assim, há uma projeção do vento por mim, e no vento vejo pessoas, impressões, expectativas, que em uma reflexão puramente só não ocorreria. Enquanto escrevo penso em quem poderia ler e minha vontade de postar diminui consideravelmente, mas ainda assim considero importante o suficiente sustentar essa vulnerabilidade e mostrá-la, a quem quer que seja.

E quando digo que fiquei pensando sobre mim e o espelho, tenho que ser franca e dizer que é menos otimista que o post anterior do espelho, mas ao mesmo tempo, aquele post me deu ferramentas para lidar com os pensamentos negativos dessa vez.


Flutuação de Peso

Em relação à flutuação de peso, meu peso variou mais ou menos 2 kilos (56-59kg) para baixo e para cima durante esse tempo e eu atribuo isso ao fato da minha alimentação também ter variado em qualidade e quantidade durante esse período. Porém, de fato não importa exatamente a flutuação de peso, nem nada do tipo, o que realmente me desagrada é a relação espelho x eu.


Relação espelho/eu e a contradição passado/presente/futuro

Como disse no post anterior dessa mesma situação, eu estava extremamente abaixo do peso antes, não tinha 50kg e em certo momento, nem podia doar sangue. Agora com isso mudado, traz algumas contradições que eu estou aprendendo a lidar. A primeira é: roupas!

Algumas roupas antes ficavam largas, estranhas. Agora ficam mais ajustadas, mas ainda assim vivo um estranhamento. É justamente esse estranhamento que me levou a pensar que eu não odiava o meu corpo especificamente, eu só odiava meu corpo porque aquele corpo era meu, e agora que não tenho mais aquele corpo, luto para não odiar esse aqui, que tenho (ou que sou?) agora.

Na verdade, luto para não deixar de gostar, também é engraçado, porque, se antes eu não tinha espaço nem para pensar em um dia gostar de mim como sou (apesar de racionalmente saber que sim, o ódio era mais automático), agora eu tenho vários sentimentos contraditórios coexistindo aqui. O post anterior foi importante, porque de fato, eu me sentia daquela forma, e acredito que foi a possibilidade de me sentir assim um dia que atualmente, em um momento de "recaída" posso lembrar como foi. Na verdade é exatamente isso que me inspirou a escrever esse texto agora. Mas vou falar um pouco mais sobre essa mistura de sentimentos.

Esses dias eu baixei um aplicativo de fotos que tinham fotos antigas minhas e para minha surpresa (além das fotos que eu já tinha visto, salvas na nuvem, ou o vídeo dançando), eu era estranhíssima, mas fofíssima no mesmo grau. Quando eu digo estranhíssima não digo que eu era estranha realmente, digo que sou estranha em relação à visão que eu tinha de mim mesma na época. Apenas uma palavra. Dismorfia. Na verdade, eu era muito fofa e bonitinha. Acho que o fato de eu constatar que eu era fofa e bonitinha enquanto me achava estranha, e agora estranhar a mim mesma em relação aquela visão que eu tinha é o que me dá esperança para me achar bonita no futuro.

Eu poderia repetir a frase do "qual a necessidade?" e talvez eu faça isso mais pra frente, mas por enquanto, vou apenas falar e falar e falar.

Mas o fato de eu não ser feia naquela época, também traz consigo uma contradição que eu tenho que lidar. Se, sendo do jeito que eu era, do peso que eu tinha, eu não era estranha. Agora que eu não sou mais aquele corpo eu penso que seria mais feliz se fosse.

O que é com certeza uma mentira contada de mim para mim mesma para me sabotar. Obviamente que ao longo do tempo desenvolvi defesas para minha própria autosabotagem, não como uma maneira de "me amar", mas como uma maneira de impedir que o caos ou pensamentos negativos tomassem conta e eles mesmos me impedissem de viver a vida.

Um desses exercícios, que eu preciso compartilhar é "se esse corpo que eu sou/tenho agora, não fosse (m)eu, eu ainda o odiaria?". A resposta é sempre não. Nesse sentido, ter um pequeno nível de dissociação me ajudou a construir uma visão menos aversiva de mim mesma para mim mesma. Vi um vídeo esses dias que era exatamente essa mesma lógica mas era assim "se eu odiar meu corpo significa que eu odeio outra mulher que tem o mesmo corpo que o meu". E isso é verdade.

Eu poderia falar também de toda a pressão estética social e como ela influencia nossa sociedade e tals, mas hoje eu não quero falar da influência macrossocial na minha vida, apesar de entender que minha dor também é política, eu só quero desestabilizar as minhas próprias estruturas conflitantes para chegar em um meio termo, nem céu que não persista nem inferno que me torture. E tampouco espero que alguém me entenda ou que sintam dó de mim. Não quero e inclusive me recuso, porque não busco um entendimento de outras pessoas. Mentira, na verdade, até busco ser entendida, mas não de uma maneira que diminua minha dor como se ela não existisse e que fosse coisa da minha cabeça, mas se ela de fato existe, pelo menos por enquanto, é com ela que eu quero ser compreendida. Ainda que para alguns, isso não faça o mínimo de sentido, negar o que sinto pelo simples fato de que não deveria sentir, não vai parar esses ciclos de sabotagem, na verdade, a cada ciclo (ainda vou escrever um post sobre isso), eu processo essa dor de forma menos automática. Leva tempo, mas quanto tempo eu tenho se não todo o tempo da minha vida?

Outro exercício, o que não é um exercício na verdade, é me inspirar nas pessoas que são livres. Meu Deus! Como eu amo pessoas que são livres. Entendo que não existe ninguém realmente livre e que todos estamos lidando com nossas próprias amarras, mas como alguém que passou a vida toda presa a cordinhas invisíveis, ver pessoas fazendo acrobacias com elas me fascina de uma maneira que eu nem posso expressar.

Ainda sobre as roupas, eu particularmente não sinto que eu tenho autonomia suficiente para usar as roupas que eu gostaria. E isso vem de várias frentes. A primeira é a financeira, eu não compro minhas roupas, ou pelo menos não costumo comprar, devo ter comprado apenas umas 4 vezes em toda a minha vida. Segundo, eu não tenho coragem para usar as roupas que eu quero, e a falta de coragem vem de certa forma da minha relação com o meu corpo, mas também da minha relação com a exposição.

Quero usar um chapéu de cogumelo, jardineiras, vestidos coloridos, etc.

As vezes eu uso roupas que eu gosto e eu gosto disso. Mas ainda estou aprendendo a viver comigo mesma. E aí volta um arrependimento que é tanto social quanto pessoal, enquanto eu tinha um corpo mais magro eu não usava, porque é que vou usar agora? E por esse pensamento ser automático, ele é extremamente assustador. Como eu posso pensar isso de mim mesma?

Então usar roupas que eu gosto é o terceiro exercício para eu parar com a autossabotagem.

Mas nem tudo é sofrimento, estou muito melhor que antes, isso é um fato. Mas dizer o quanto melhorei também implica em compartilhar o quão péssima eu cheguei a estar. E ainda não estou pronta para dizer o quão péssima eu cheguei a estar. Mas muitas pequenas compulsões diárias diminuíram consideravelmente ao longo desses anos.

A verdade é que a raiz do problema não é recente, nem começou com os dois sisos arrancados. É uma coisa que nasceu há muuuuuitos e muitos anos. E talvez não valha a pena esconder as raízes do problema, mas também não valha a pena compartilhar tudo. E realmente acho que não vale. O que vale dizer pelo menos é que as vezes entramos em contato com coisas cruéis, vindas de lugares próximos ou distantes, que aos poucos vai nos moldando ao longo da vida. (Talvez um dia, se eu precisar, farei um post sobre isso).

Mas apesar das múltiplas raízes, é interessante ver uma diminuição da compulsão, uma delas é a compulsão do monitoramento. Duas coisas foram importantes para essa diminuição do monitoramento, a primeira é que eu fiquei sem espelho por um tempo, a segunda é que eu fiquei sem me pesar por um tempo também. E talvez uma terceira ainda é que eu percebi o que já falei antes: "eu não odiava o meu corpo especificamente, eu só odiava meu corpo porque aquele corpo era meu, e agora que não tenho mais aquele corpo, luto para não odiar esse aqui".

Também diminui um pouco de tirar fotos de monitoramento. Antes, eu passava horas avaliando proporções, pesquisando, medindo, até tardes horas da noite, para no fim chegar a mesma conclusão de sempre: o problema é X, Y, Z, que obviamente não vale a pena comentar especificamente. As pessoas não levam a sério, claro, porque não sabem quanto tempo passei pensando sobre isso. Então estar escrevendo esse texto, tarde da noite, também representa uma mudança. Se antes eu poderia estar me medindo, me calculando, me pesando, agora estou refletindo sobre o porquê de tudo isso, com reflexões que eu já sabia também.

Mas agora chego em um nível mais profundo também, tudo por causa de uma balança que comprei para medir minha hidratação.

Na verdade existem outras coisas que também me afetaram, é realmente um complexo de coisas. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu teria que lidar com essas coisas.

Vamos por partes, a primeira delas é que as coisas não são tão sólidas como parecem ser e a balança prova isso, porque nessas últimas semanas eu lutei contra esses impulsos mais do que nos últimos dois anos. Uma simples balança. E é uma contradição porque eu não quero ganhar peso, e não quero perder peso, ao mesmo tempo que quero perder peso e sei que não devo pensar nisso, porque pensar em perder peso não é perder peso por alguma necessidade, mas como um mecanismo de resgate mesmo, ao padrão anterior de sabotagem. E é duplamente engraçado, porque eu definitivamente gosto de quem eu sou, então é uma inversão no padrão. Antes meu automático era o monitoramento, a compulsão, quantos centímetros isso e aquilo, formato disso e daquilo, pesquisa isso e pesquisa aquilo, qual nível disso com um ser "racional" tentando me convencer a parar. E dessa vez meu padrão é "deixa disso", com um ser ferido tentando se manter vivo, mas talvez não seja uma questão de deixar essa eu monitoradora do passado morrer, e sim deixá-la viva e lembrar que pode ser curada. Mais fácil falar do que fazer, é claro.

Porque durante essas últimas semanas, ainda houveram muitos momentos em que eu me questionei e que o padrão de monitoramento se transformou em formas (ainda violentas) mais sutis de me alcançar e me afetar. Vamos por partes. Esses dias corri 3km.

Tá, não corri 3km, andei, corri, andei de novo. E no fim das contas me animei para começar a correr de novo e para fazer academia e para fazer esportes e para, é, você entendeu a minha empolgação. Então renovei meu cartão do ônibus, recarreguei, etc. Mas, não é tão simples quanto parece. Porque fazer exercícios físicos é lidar diretamente com quem você é, com seu corpo, com sua imagem. E essas coisas todas vieram à tona.

E a pergunta que fica é, como de fato, desenvolver uma relação comigo mesma e com meu corpo de amor e respeito?

Eu sempre penso em dois caminhos automáticos, a primeira é voltar à questão do monitoramento, o que não deveria ser uma opção, mas é. Então, nesse caminho o que eu faço é buscar ângulos que me favoreçam, buscar dicas de estilo online (que sempre aparecem a fim de estabelecer um padrão de corpo específico), e tentar me convencer de que sou bonita baseada nesses padrões estabelecidos ainda que de um ângulo muito específico em uma câmera com a lente em uma abertura xyz.

O segundo caminho é deixar tudo isso de lado e rebater todo e qualquer pensamento que me coloque em contato com negatividade sobre meu corpo. O que também não me ajuda em nada, dado a história da balança. Ou pelo menos, não me ajuda de forma sólida.

Mas se nenhum desses dois caminhos podem me ajudar de fato, o que eu posso fazer?

Eu poderia ir perguntar para IA, poderia inventar uma resposta agora, mas nada disso seria de fato verdadeiro. A verdade é que eu não sei.

Uma coisa que me ajuda é a dessensibilização e tals, mas ainda assim não é suficiente.

Outro exercício que realmente mudou minha química cerebral é "alguém pergunta qual era a rotina de skincare da Marie Curie?", "Ada Lovelace tinha quantos cm de cintura?". Ao colocar essas coisas em perspectiva percebo que realmente elas são irrelevantes, e se tornam ainda piores ao pensar em perguntar qualquer tipo dessas perguntas à um homem.

Mas ainda que eu não seja totalmente cooptada pela negatividade que eu sentia antes, ainda sinto os reflexos que isso me causou. Tanto num âmbito de INFORMAÇÃO, isso é, sei demais sobre o assunto, termos idiotas, sites, lugares que não deveria acessar. Quanto na minha relação comigo mesma quando me vejo, seja em uma foto em grupo, ou uma foto qualquer. E não bastam dizer que não é desse jeito, ou que é daquele outro jeito, porque no máximo me fará pensar que é de fato importante que seja da forma como eu acredito que não é.

Vamos lá, para um exemplo prático.

Se eu digo, X parte do meu corpo é Y. E dizem, X parte do seu corpo não é Y, é Z na verdade, então significa que consideram Z como um valor importante, e por gostarem de mim dizem que então eu não possuo Y e sim possuo Z, mas enquanto eu vejo Y, preciso que ainda assim, me aceitem como Y e não tentem me convencer que é Z, porque eu não vejo Z, só vejo Y. Y é ruim? Não. Mas se eu só vejo Y, tentar me convencer de que é Z não vai me fazer me aceitar, apenas vai me fazer achar que estão mentindo para mim. Talvez o que eu realmente queira é que não importe, que seja Y ou Z, e nem que X fosse um fator.

Parece meio estranho tudo isso que falei, mas vamos para um exemplo prático, se eu digo que tenho olheiras e alguém me diz não, você não tem. Significa que a pessoa acredita que olheiras é algo negativo e que está me "protegendo" ou tentando me convencer do contrário. Ao mesmo tempo em que eu claramente vejo olheira kkkkk. Mas enquanto escrevo isso percebo o quão idiota tudo isso é. Não precisam corrigir a minha percepção, na verdade eu só preciso aceitá-la ainda que ela seja distorcida.

Por que? Considerando que eu tenho uma tendência a não gostar de mim, independente do aspecto, então buscar uma aceitação para Y, ao invés de tentar me convencer de que é Z, parece uma ideia melhor. Mas ao mesmo tempo é uma mentira descabida, porque se apenas aceitam que é Y, eu vou me sentir pior. É um caminho quase que sem saída. Porque talvez o problema é colocar na mão do outro um poder que não lhe cabe, nem como presente nem como responsabilidade.

Porque é tudo muito mais complexo do que parece. Pensando sobre o passado por exemplo, uma frase vem a mente e que preciso processar "Se eu não pude gostar de mim quando "deveria", enquanto eu tinha um certo biotipo, como vou gostar agora?".

Digo isso também porque antes haviam elogios, ainda que eu não estivesse saudável. Agora vem comentários sobre dieta. Caimento, proporção. Todos os quais que eu nunca pedi.

E como desenvolver hábitos saudáveis em meio a toda essa contradição? É outra coisa que não tem uma resposta fácil. Acho que talvez eu só precise correr sem objetivo, fazer musculação sem objetivo.

É que nesse último ímpeto, gravei um vídeo inteiro só de monitoramento. E foi aí que eu percebi o buraco que eu estava me colocando outra vez. E isso só foi possível pelo contraste do que já vivi ultimamente.(e ilustrado no post anterior sobre o mesmo tema).

Então eu percebo que há melhora, mesmo que seja na percepção das cordas que me amarram. Ultimamente eu tiro mais fotos, em grupo, sozinha. Quando eu tiro fotos sozinha eu não fico me monitorando mais (uma diminuição de 90% eu diria), porém em fotos em grupo eu ainda não consigo. Antes eu evitaria tirar a foto, hoje em dia eu tiro, mas evito olhar.

Não acho que esse post vai solucionar essa contradição de hoje, talvez nem seja esse o objetivo.

Mesmo assim estabeleci muitas coisas importantes. Alguns exercícios práticos, uma visão mais realista do ponto em que estou, como melhorei, algumas recaídas, então acho que há alguns caminhos para percorrer e explorar ainda e que eu consiga integrá-los em algum momento.

Reler os posts que fiz, tanto sobre imagética quanto do capítulo de integração propriamente dito foi muito importante também.

É muito louco, não quero postar porque ainda não solucionei a contradição.

E ainda consigo pensar em muitas coisas terríveis que me passam a cabeça quando penso em solucioná-la. E se eu simplesmente me exercitasse o máximo possível para desenvolver um tipo de corpo XYZ? Nâo! Sei que vou cair em um abismo se fizer.

E se eu deixar de comer? Pra quê? Você sabe que você não tinha energia, não conseguia pensar direito, tinha dores de cabeça ainda mais constantes.

E se eu jogar tudo pro alto e comer tudo que eu tiver vontade? Para quê? Nada disso muda a estrutura de pensamento destrutivo, entende? Isso é algo que eu ainda preciso refletir. É justamente um problema de estrutura. porque o conteúdo é irrelevante no fim das contas desse caso. Enfim, acho que por hoje é só.

Ainda que eu não tenha solucionado essa contradição hoje, e eu tenha sido permeada por tudo isso, foi muito importante, porque isso mostra que eu mesma não desisti de mim. E nem vou.


Esse assunto ainda voltará.

Até mais!






 
 
 

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